Comissão Europeia olha para crise política como um cenário que ocorre "sempre num ou noutro país".
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O comissário com a pasta da Economia, Paolo Gentiloni, afirma estar "otimista" em relação ao "contributo" de Portugal nas discussões para a coordenação de políticas económicas, após a entrega em Bruxelas, dos esboços dos projetos de orçamento para 2022.
Questionado pela TSF sobre se considera a estabilidade política um ativo importante, tal como era considerado em Bruxelas em relação aos orçamentos aprovados durante o programa de ajustamento, e mais tarde pela "geringonça", o comissário da Economia respondeu com ironia.
"A Estabilidade Política é, geralmente, muito positiva, mas é como o bom tempo, não é algo para o qual a Comissão possa contribuir. Claro que ficamos felizes se houver estabilidade política, normalmente, porque isso permite a continuidade nos nossos programas", afirmou Paolo Gentiloni.
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Já o vice-presidente da Comissão, com as pastas económicas, Valdis Dombrovskis, escusou-se a entrar em comentários, dizendo que "a União Europeia é uma união de 27 democracias".
"Há sempre eleições num país ou noutro. Há sempre uma situação complicada com a política partidária nos diferentes Estados-membros", afirmou Valdis Dombrovskis.
A Comissão tem até 30 de novembro para avaliar os projetos de Orçamento na zona euro e será nesse contexto que se pronunciará com uma avaliação sobre o esboço do projeto de orçamento português.