A União Europeia está a seguir de perto e com preocupação os acontecimentos em Moçambique e apela ao «diálogo pacífico e inclusivo» entre as partes.
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Numa declaração à agência Lusa, Michael Mann, porta-voz da Alta Representante da União Europeia e vice-presidente da Comissão Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Catherine Ashton, disse que «a União Europeia (UE) está a seguir de perto os acontecimentos em Moçambique e a tentar ter uma melhor compreensão do que se passa no terreno».
«Estamos preocupados com as notícias dos recentes confrontos entre a Renamo e o exército nacional, que resultaram na perda de vidas humanas e destruição de propriedade, e que estão a levar a um clima de insegurança para a população civil», afirmou Michael Mann.
O porta-voz indicou que «a UE reitera que apenas um processo político com vista a consolidar a paz e a reconciliação em Moçambique pode promover um desenvolvimento sustentável do país», razão pela qual a União apela a «um diálogo pacífico e inclusivo» entre todas as partes, como «a única forma de resolver as diferenças políticas e reforçar o processo democrático».
Moçambique vive a sua pior crise política e militar desde a assinatura do Acordo Geral de Paz (AGP) em 1992, após o exército moçambicano ter desalojado o líder da Resistência Nacional de Moçambique (Renamo), principal partido da oposição, Afonso Dhlakama, da base onde se encontrava aquartelado há mais de um ano, no centro do país.
Afonso Dhlakama e o secretário-geral da Renamo, Manuel Bissopo, fugiram para local incerto, enquanto as forças de defesa e segurança moçambicanas mantém a ocupação da residência do líder do movimento, em Sandjunjira, na província de Sofala.