Na abertura da sessão do parlamento europeu, o presidente, Martin Schulz, propôs ao plenário um voto urgente na quinta-feira de manhã sobre a proposta apresentada há uma semana por Jean-Claude Juncker, tendo os eurodeputados respondido favoravelmente.
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Deste modo, o voto da assembleia, que tem que ser consultada nesta matéria, realizar-se-á na quinta-feira às 11:00 locais (10:00 de Lisboa), permitindo que os ministros do Interior da União Europeia, que voltam a encontrar-se numa reunião extraordinária agendada para a próxima segunda-feira, possam aprovar formalmente uma decisão nesse encontro, caso cheguem finalmente a acordo.
Na sessão desta quarta-feira , o presidente da comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos, do Parlamento Europeu pediu que a proposta para o acolhimento de 120 mil refugiados tratada como uma matéria de urgência. Claude Moraes não poupa críticas aos governo europeus, que até agora não se entenderam sobre o destino dos refugiados.
"Em particular o fracasso para alcançar um acordo sobre mecanismo para de distribuição os 120 mil pessoas, para dar assistência na crise de refugiados na Itália, Grécia e na Hungria. Vemos isso como uma das grandes omissões das conclusões do conselho de segunda feira".
O presidente da comissão das Liberdades Cívicas, da Justiça e dos Assuntos Internos considera que os deputados tem de agir, dadas as divergências que subsistem entre os governos europeus, em relação aos refugiados.
"Na sequência da reunião do conselho [de ministros do interior], na segunda-feira e da falta de consenso sobre a urgência de se alcançar um acordo em maioria, para uma resposta com compaixão em relação à crise dos refugiados aqui na União Europeia, é necessário que possamos responder e dar a nossa opinião e as pessoas verem o parlamento a fazer o trabalho que lhe compete".
Por isso, o presidente do parlamento europeu prolonga a sessão plenária, até quinta-feira, para que os deputados possam votar a proposta com sentido de urgência. Claude Moraes espera que os deputados tenham consciência do caráter imperioso deste assunto.
"É vital que o parlamento se pronuncie sobre esta questão, directa e imediatamente. Podemos fazer isto aprovando este procedimento e, vamos fazer isso amanhã, com o nosso voto. E, espero que por maioria, expressando a solidariedade europeia, na crise dos refugiados, tal como acredito que a maioria, nesta assembleia, quer ver. Incito-vos verdadeiramente a aprovarem este procedimento urgente".