O número de vítimas mortais localizadas nos escombros de um hotel italiano atingido na quarta-feira por uma avalanche aumentou para seis.
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As equipas de buscas encontraram este domingo o corpo de um homem. Com a divulgação desta informação, o balanço provisório deste incidente é de seis mortos, mais de 20 desaparecidos e 11 pessoas resgatadas com vida, das quais nove foram retiradas dos escombros do hotel Rigopiano, localizado na região centro de Itália.
A descoberta do sexto cadáver acontece quatro dias depois de uma avalanche, possivelmente provocada por sismos registados na quarta-feira naquela região, ter soterrado o hotel Rigopiano de Farindola, situado a 1.300 metros de altitude na cordilheira dos Apeninos, na região de Abruzzo.
Os trabalhos de busca para encontrar possíveis sobreviventes continuam no terreno de forma interrupta. Estão mobilizados cerca de 130 efetivos, incluindo militares, bombeiros, polícias e membros da Cruz Vermelha ou dos serviços de socorro da região.
"Nós temos esperança. Mesmo sem sinais de vida, podemos cavar através de uma parede e de repente haver contacto, que foi o que aconteceu com os outros sobreviventes," disse à agência France Presse Luca Cari, porta-voz dos bombeiros.
O responsável afirmou que havia um muro de rochas atrás do hotel e que a avalanche passou lateralmente, destruindo o edifício nas laterais e não na parte de trás, pelo que os socorristas ainda não perderam esperança de que poderá haver sobreviventes nessa zona do hotel.
"O problema é alcançá-los. Não temos muito espaço de manobra, os buracos são estreitos e é preciso perfurar paredes muito grossas", explicou.
Um paramédico de 34 anos, Alessandro Massa, disse que há equipas esgotadas, que não dormem há dias mas que continuam positivos.
No frio, neve e neblina, e sob a ameaça de mais avalanches, os socorristas estão a mover-se muito lentamente, com medo de deslizamentos de terra no hotel enterrado sob toneladas de neve e detritos.