O vulcão da ilha cabo-verdiana do Fogo entrou este domingo de manhã em erupção e obrigou a um plano de evacuação em vários pontos da ilha, não havendo notícia de vítimas ou danos. O primeiro-ministro não coloca de parte pedir ajuda internacional e a ministra da Administração Interna já fez um apelo à calma.
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O primeiro-ministro, entrevistado pela Rádio de Cabo Verde (RCV), admitiu que esta é a maior erupção na ilha nos últimos 50 anos e sublinhou que as autoridades estão atentas e a seguir a situação «minuto a minuto».
José Maria neves não colocou de parte a possibilidade de o país pedir ajuda internacional e reforçou o apelo às pessoas para que sigam as instruções das autoridades.
Também a ministra da Administração Interna, em declarações à RCV, confirmou que a evolução da intensidade «tem sido muito rápida», mas apelou à calma, assegurando que já está em curso o plano de emergência com todas as instituições ligadas ao Serviço Nacional de Proteção Civil (SNPC).
A erupção vulcânica começou hoje às 09:45 locais (10:45 em Lisboa) e os sismos que os antecederam iniciaram-se cerca das 20:00 de sábado.
Em curso está também o processo da retirada dos cerca de mil habitantes de Chã das Caldeiras, que se situa no sopé das principais crateras do vulcão, acrescentou Marisa Morais, admitindo que há pessoas daquela localidade que começaram por se recusar a abandonar as suas casas e pertences, mas que, aos poucos, estão a seguir as ordens da polícia para o fazer.
A governante cabo-verdiana admitiu também a «imprevisibilidade» da força do vulcão e disse estar reunida de emergência com a direção do SNPC, encontro que à tarde será alargado a todas as instituições ligadas a calamidades naturais. Para já, nenhuma das autoridades cabo-verdianas falou de vítimas ou danos materiais.