Pelo menos doze pessoas morreram num atentado registado em Cabul contra o favorito da eleição presidencial Abdullah Abdullah, segundo um balanço hoje atualizado pelas autoridades afegãs.
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«O balanço é pesado», disse à agência AFP o chefe da polícia criminal da capital afegã, Sayed Gul Agha Hashemi.
«Nós [atualmente] contabilizamos 12 mortos», entre os quais três membros da equipa de Abdullah, «e mais de 40 feridos», declarou o chefe da polícia, lembrando que na sexta-feira o balanço divulgado pelas autoridades policiais era de seis mortos.
A comitiva do favorito às eleições presidenciais foi atingida por duas explosões, uma provocada por um suicida que guiava um carro-bomba e outra por uma mina colocada na estrada.
Este é o segundo atentado de que foi alvo Abdullah nesta campanha eleitoral.
Abdullah, ex-porta-voz do comandante Ahmad Shah Massoud, que se opôs sempre aos talibãs, disputa agora a segunda volta das eleições que estão marcadas para o próximo sábado contra Ashraf Ghani, um ex-economista do Banco Mundial.
Na primeira volta, Abdullah obteve 45% do total dos votos, enquanto Ghani se ficou pelos 31,6%.
O representante da Organização das Nações Unidas (ONU) no Afeganistão, Jan Kubis, falando do aumento para 12 do número de mortos, «condenou firmemente» atentado qualificando-o de «ataque ultrajante contra o processo eleitoral».
O atentado não foi reivindicado, mas os talibãs ameaçaram na segunda-feira passada que poderiam levar por diante atentados para sabotar o ato eleitoral.
O vencedor da segunda volta das eleições sucederá a Hamid Karzai que liderou os destinos do país desde a queda dos talibãs em novembro de 2001.