A polícia grega procura oito paquistaneses e dois afegãos, imigrantes ilegais que escaparam ontem à noite do maior centro de detenção da capital, depois de um motim.
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A polícia já conseguiu capturar 14 imigrantes ilegais, do Paquistão, Afeganistão e do Bangladesh, mas ainda procura dez imigrantes que continuam desaparecidos.
O motim no centro de detenção de Amygdaleza, na região metropolitana de Atenas, obrigou à intervenção da polícia de choque, tendo pelo menos dez polícias ficado feridos, segundo a agência noticiosa France Presse.
«Dez polícias ficaram feridos [pelo arremesso] de pedras e de outros objetos», afirmou um porta-voz da polícia à AFP, explicando que um número ainda indeterminado de residentes do centro ateou fogo aos colchões dos seus quartos.
O porta-voz da polícia, cuja identidade não foi divulgada, explicou que os tumultos começaram depois de os imigrantes terem sido informados de que a sua permanência no centro iria ser estendida de um período máximo de 12 meses para 18.
O mesmo responsável explicou que os tumutlos obrigaram a polícia de choque grega a intervir, e que a situação estava a acalmar. Nenhuma informação foi avançada sobre eventuais feridos entre os residentes do centro.
O centro de detenção de Amygdaleza, a cerca de 40 minutos do centro histórico de atenas, acolhe perto de 1.200 imigrantes, na sua maioria de origem asiática.
Este é um dos vários centros de detenção criados pelas autoridades gregas em 2012, para apoio ao processo de repatriamento de milhares de migrantes que se encontravam em situação irregular no país.
Organizações de defesa dos direitos humanos acusam a polícia de maltratar os imigrantes e já denunciaram a falta de condições do campo, especialmente no que diz respeito aos cuidados de saúde.
A Grécia é uma das principais portas de entrada de imigrantes que procuram chegar à Europa.