O Unidas Podemos não aceita aliar-se a Sánchez por não aceitar a pequena participação que os seus ministros teriam no Governo. As votações são retomadas na quinta-feira.
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O partido espanhol Unidas Podemos reafirmou esta terça-feira que não fará um voto de confirmação a favor do primeiro-ministro Pedro Sánchez, o que o fez perder a primeira oportunidade de ser reconduzido, avança a agência Reuters. Pedro Sánchez fica, assim, numa situação de limbo.
O primeiro-ministro eleito foi o que mais lugares ganhou em abril, mas não conseguiu atingir uma maioria, pelo que enfrenta, há três meses, uma negociação difícil para uma possível aliança de centro e extrema-esquerda com o Podemos.
Era já previsível que a proposta caísse esta terça-feira, mas o porta-voz das negociações do lado do Unidos Podemos, Pablo Echenique, tinha explicado a uma rádio espanhola, Cadena Ser radio, que não saberia se se absteriam ou se iriam votar 'não'.
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Sánchez necessitaria de uma maioria absoluta de 176 votos positivos de 350 lugares do parlamento. Na quinta-feira, segunda votação, o cenário será diferente: serão necessários mais votos 'sim' do que abstenções.
Echenique considera que têm sido difíceis as conversas de negociação de um Governo socialista, e as tensões entre Sánchez e Iglésias no debate parlamentar na segunda-feira mostraram quão difícil seria assegurar a estabilidade de um Executivo de coligação.
A questão que tem complicado as conversações prende-se com o papel que os ministros do Podemos teriam no Governo espanhol. Iglésias acusou Sánchez de querer dar-lhes apenas um lugar "decorativo" sem qualquer poder de decisão associado.
Caso Sánchez não seja reconduzido como primeiro-ministro na quinta-feira, as votações serão retomadas em setembro. Se também isso falhar, haverá novas eleições a 10 de novembro.