Os reguladores do ar da Califórnia querem adotar mudanças de práticas nos setores de energia, transportes e agricultura.
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Os reguladores do ar da Califórnia devem votar esta sexta-feira um ambicioso plano para cortar as emissões de gases com efeito de estufa no Estado, através de mudanças de práticas nos setores de energia, transportes e agricultura.
O plano coloca o Estado na via da designada neutralidade carbónica, atingir até 2045, o que significa que a Califórnia remove tanto carbono da atmosfera quanto o que emite.
Fazê-lo vai requerer uma redução rápida nas emissões de gases que aquecem o planeta e uma aceleração no desenvolvimento as tecnologias de remoção destes gases do ar.
A Califórnia já tinha estabelecido esta meta como objetivo, mas agora o governador Gavin Newsom assinou legislação que a torna obrigatória.
A captura de carbono é um dos elementos mais controversos do plano. Os críticos entendem que dá aos maiores emissores do Estado razões para não fazerem a sua parte na redução destas emissões.
No início da reunião de hoje, a presidente da comissão dos Recursos do AR da Califórnia, Liane Randolph, elogiou o plano como sendo o mais ambicioso alguma vez apresentado. No início deste ano esteve em discussão pública.
O plano não compromete o Estado com ações concretas, mas define um caminho geral para conseguir as reduções pretendidas.
Nas energias renováveis, aponta-se a saída do combustíveis fósseis e um recurso maior às fontes de energia renovável.
Nos transportes espera-se que a mudança para viaturas a gás reduza as emissões de gases com efeito de estufa, com reflexos positivos na saúde das pessoas pela redução do impacto dos combustíveis atuais.
E Newsom já exigiu cortes agressivos nas emissões dos aviões.
A captura de carbono é considerada "um instrumento necessário" a par de outros a usar na mitigação do efeito da rutura climática.
No caso da agricultura, o plano aponta o objetivo de reduzir em 66% as emissões de metano até 2045.