A Câmara dos Representantes aprovou o projecto de lei para aumentar o limite legal da dívida por 269 votos a favor e 161 contra. O documento será submetido à votação do Senado.
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De acordo com a transmissão em directo feita pela CNN, entre a bancada republicana, maioritária na câmara baixa do Congresso norte-americano, 174 eleitos votaram a favor e 66 contra.
Já entre os eleitos democratas, a divisão foi evidente, com cerca de metade a optar pela rejeição do projecto.
As negociações dividiram não só os dois partidos mas também criaram divergências internas no seio dos democratas e dos republicanos. Enquanto muitos democratas defendiam a tributação dos rendimentos superiores, parte significativa dos republicanos, designadamente do Tea Party, exigiam cortes brutais no lado da despesa pública.
O acordo alcançado na noite de domingo entre republicanos e democratas, que será terça-feira submetido ao escrutínio do Senado, estabelece uma redução na despesa do Estado norte-americano com a Defesa de 350 mil milhões de dólares (243 mil milhões de euros) nos próximos dez anos.
O acordo prevê um aumento do tecto da dívida pública norte-americana em 2,1 biliões [milhão de milhões] de dólares (1,5 biliões de euros).
Segundo a AFP, que cita um responsável norte-americano, uma comissão especial, com republicanos e democratas do Congresso, deverá determinar novos cortes nas despesas até 1,5 biliões de dólares (1,05 biliões de euros) a 10 anos, que se juntarão à redução de um bilião de dólares (694 mil milhões de euros), já decidida na primeira fase do acordo.
A comissão especial deverá definir os cortes nas despesas suplementares até 23 de Novembro, e o Congresso aprová-los até 23 de Dezembro. Se o Congresso não cumprir o calendário, serão realizados cortes automáticos no mesmo montante a partir de 2013 e divididos, em partes iguais, entre a Defesa e outras áreas.
A dívida bruta federal, de cerca de 14,3 biliões de dólares (9,9 biliões de euros), atingiu em meados de Maio o limite máximo autorizado pelo Congresso e o défice orçamental deve atingir os 1,6 biliões de dólares (1,108 biliões de euros) este ano.