Liderada por uma maioria democrata, a Câmara dos Representantes votou esta quarta-feira a favor da impugnação de Donald Trump. As acusações seguem para o Senado onde se prevê um final favorável para o presidente.
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18 de dezembro de 2019 é um dia que ficará nas páginas da história norte-americana e da história mundial. Donald Trump é o terceiro presidente dos Estados Unidos a ser impugnado em 243 anos, acusado de abuso de poder e obstrução do Congresso, por, alegadamente, ter pressionado o Presidente ucraniano, Volodimir Zelenskii, a interferir a seu favor nas eleições presidenciais de 2020 nos EUA, em troca do desbloqueio de 391 milhões de dólares em ajuda militar para a Ucrânia.
Após um longo dia de debate e protestos a favor da destituição de Trump, a Câmara dos Representantes aprovou os dois artigos de impeachment contra o líder norte-americano. O artigo que acusava o Presidente de abuso de poder e o segundo, que englobava a acusação de obstrução do congresso, obtiveram a maioria de 216 votos, tendo sido aprovados pelos democratas.
Donald Trump disse em carta enviada à líder da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, que o processo representa "um abuso de poder inconstitucional". O presidente escreveu ainda na rede social Twitter, enquanto as votações decorriam, que "Este é um ataque à América, um ataque ao partido Republicano".
Até 2019 nenhum presidente dos EUA teve o seu mandato cessado. Richard Nixon renunciou durante as investigações preliminares, Andrew Johnson e Bill Clinton foram absolvidos pelo Senado. Os holofotes viram-se agora, exatamente, para o Senado onde o futuro de Donald Trump será decidido em janeiro.
O presidente só poderá ser destituído com o voto a favor de uma maioria de dois terços do Senado, controlado pelo Partido Republicano. Prevê-se, portanto, que o processo contra o presidente tenha a sua morte anunciada na Câmara Superior.
Desde o inicio das investigações, a 24 de setembro, a popularidade de Donald Trump subiu de 39% para 45%.