O aviso, zangado, é do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados. E chega poucas horas depois de Donald Trump ter defendido que os Estados Unidos devem fechar as portas a todos os muçulmanos.
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O ACNUR entende que a retórica da campanha norte-americana para as presidenciais de 2016 está a pôr em risco um programa tão importante como o de realojamento dos refugiados.
É um lamento da porta-voz da agência das Nações Unidas para os refugiados, depois de ouvir Donald Trump, o polémico candidato à Casa Branca, defender um bloqueio "completo e total" à entrada de muçulmanos no país, até que as autoridades "averiguem o que se está a passar".
Primeiro num comunicado e depois num discurso, Donald Trump considerou que "é óbvio para qualquer um que aquele ódio está para além da compreensão. De onde aquele ódio vem é algo que temos de determinar", disse o magnata que quer ser presidente.
Após estas palavras, o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados sentiu necessidade de recordar que a importância do programa de assistência, é um programa que não pode nem deve parado, porque se trata de acolher pessoas que fogem da guerra.
Numa conferência de imprensa em Genebra, na Suiça, a porta-voz Melissa Fleming mostrou-se também preocupada com os cerca de 12 mil refugiados que estão bloqueados na fronteira entre a Síria e a Jordânia. O ACNUR entende que a Jordânia deve autorizar estas pessoas a entrar no país.
A ONU pede prioridade para as mulheres e para as crianças, avisando que sobrevivem em condições degradantes.