Mais de 20 lojas foram pilhadas ou incendiadas este sábado. O restaurante Le Fouquet, um dos mais conceituados da avenida, é um dos símbolos da destruição.
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Foi um acordar de domingo diferente para os Campos Elísios, a avenida mais turística de Paris. O 18.º sábado consecutivo de protestos dos coletes amarelos, deixou para trás um rasto de vandalismo: foram mais de 80 os edifícios danificados, sendo que mais 20 de lojas foram pilhadas ou incendiadas, isto segundo a associação de comerciantes da capital francesa.
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Perante este cenário, a presidente da câmara da capital francesa, Anne Hidalgo, já exigiu explicações e pediu que lhe sejam apresentadas medidas que permitam a Paris sair deste pesadelo.
"Esta situação não pode continuar. Os parisienses têm o direito à segurança. Os comerciantes devem poder trabalhar sem medo de que seu comércio seja saqueado. Peço que sejam encontradas soluções rapidamente, em favor de um retorno à calma", escreveu no Twitter.
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O tribunal de grande instância de Paris já confirmou a detenção de 200 pessoas - entre as quais estão 15 menores - e imagens como as do restaurante "Le Fouquet" e lojas em chamas marcam as primeiras páginas dos jornais.
As atenções voltam-se agora para o Executivo de Emmanuel Macron, acusado pelos críticos de ter falhado na gestão desta situação. A oposição acusa o Governo de "incompetência, irresponsabilidade e impotência." Já à direita, os republicanos acusam o Governo de não ter aplica a lei contra o vandalismo, que foi esta semana aprovada no Parlamento.
Para já, o Governo promete medidas reforçadas e firmes e os analistas já falam mesmo da possível da reimplementação do estado de emergência que foi aplicado no período pós-atentados.