Os outros sete candidatos expressaram as condolências e solidariedade para com a família, amigos e entes queridos de Villavicencio.
Corpo do artigo
Os candidatos presidenciais equatorianos às eleições de 20 de agosto manifestaram consternação e indignação pelo homicídio do adversário político Fernando Villavicencio, baleado à saída de um comício eleitoral em Quito.
Poucos minutos após a confirmação da morte do jornalista e antigo deputado, agora candidato presidencial, os outros sete candidatos expressaram as condolências e solidariedade para com a família, amigos e entes queridos de Villavicencio.
O ex-vice-presidente Otto Sonnenholzner expressou as "mais profundas condolências e profunda solidariedade" e desejou "que Deus o guarde na sua glória".
"O nosso país está fora de controlo", afirmou Sonnenholzner, referindo-se à crise de segurança no Equador, que praticamente monopolizou o debate durante a campanha eleitoral.
Luisa González, candidata do Revolución Ciudadana, partido liderado pelo ex-Presidente Rafael Correa (2007-2017), disse ter recebido "com indignação, impotência e profunda tristeza a terrível notícia do atentado que levou à morte de Fernando Villavicencio".
"Este ato vil não ficará impune", disse González sobre Villavicencio, que se estabeleceu como um dos principais detratores do ex-Presidente, com acusações de corrupção envolvendo a sua administração.
Por sua vez, o esquerdista e ambientalista Yaku Pérez disse estar "consternado com o trágico e condenável assassínio de Fernando Villavicencio".
"As minhas mais profundas condolências à sua família e entes queridos. Este ato não ficará impune, o Equador não merece outra morte, é tempo de nos unirmos e recuperarmos a paz", afirmou Pérez.
Na mesma linha, o empresário e especialista em segurança Jan Topic expressou "profundo pesar como equatoriano" pelo ataque mortal sofrido por Villavicencio.
"Hoje, mais do que nunca, reiteramos a necessidade de agir com firmeza contra a criminalidade. Que Deus o tenha em bom lugar", disse Topic.
"Trata-se de um atentado contra o país, a democracia e a paz de todos os equatorianos", afirmou o empresário e ex-deputado Daniel Noboa.
Já o empresário e político Xavier Hervás garantiu que o Equador "chegou a um ponto crítico" na crise de segurança com o homicídio de um candidato presidencial como Villavicencio.
"Este é mais um equatoriano vítima do crime organizado. Unimo-nos em oração à sua família, amigos e colegas. Hoje é um dia negro para a democracia. Um dia de luto para o Equador", afirmou Hervás.
O Equador está de luto, o país está a esvair-se em sangue com tanta violência e insegurança", afirmou o advogado independente Bolívar Armijos.
O Presidente do Equador, o conservador Guillermo Lasso, expressou também consternação pelo homicídio do candidato presidencial Fernando Villavicencio e prometeu que o crime não ficará impune.
"Indignado e consternado com o assassínio do candidato presidencial Fernando Villavicencio. A minha solidariedade e condolências à esposa e filhas. Pela sua memória e pela sua luta, asseguro-vos que este crime não ficará impune", escreveu Lasso nas redes sociais.
O presidente informou ainda que convocou uma reunião do Gabinete de Segurança: "Pedi à presidente do CNE [Conselho Nacional Eleitoral], Diana Atamaint; à Procuradora-Geral do Estado, Diana Salazar; ao presidente do Tribunal Nacional de Justiça, Iván Saquicela; e a outras autoridades do Estado que participem urgentemente nesta reunião para fazer face a este acontecimento que consternou o país", acrescentou.
"O crime organizado foi muito longe, mas vai-lhe cair todo o peso da lei", declarou o chefe de Estado, durante cujo mandato explodiu a maior crise de insegurança que o país já viveu, devido à proliferação e às ações violentas de grupos associados a máfias internacionais de tráfico de droga, segundo as autoridades.
O candidato a Presidente do Equador Fernando Villavicencio foi assassinado esta quarta-feira, baleado por desconhecidos ao sair de um comício, numa ação de campanha na capital, Quito.
O ministro do Interior, Juan Zapata, garantiu que o ataque foi realizado por assassinos contratados que também feriram outras pessoas.
Villavicencio, identificado como um crítico do ex-Presidente Rafael Correa (2007-2017), deslocava-se com proteção policial face às ameaças que recebera semanas antes.