A ONU explicou que esta operação foi lançada em resposta ao uso de armas pesadas utilizadas por forças leais a Laurent Gbagbo contra a população civis e tropas de paz da ONU
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Os "capacetes azuis" abriram fogo contra as forças leais do presidente Laurent Gbagbo, que continua a não pretender abandonar o poder na Costa do Marfim, mesmo depois das eleições que deram a vitória ao seu rival, Alassane Ouattara.
Segundo as agências internacionais, um helicóptero das forças especiais francesas ao serviço da missão da ONU realizou disparos contra o palácio presidencial e contra a residência de Gbagbo.
O representante especial do secretário-geral da ONU na Costa do Marfim explicou que esta intervenção teve como objectivo proteger os civis na capital Abidjan.
«As forças especiais de Gbagbo têm estado a usar armas pesadas contra as populações civis e as forças de manutenção de paz da ONU», explicou.
Para este representante, como a situação «ultrapassou os limites razoáveis», foi feita uma operação para «neutralizar as armas pesadas que têm sido usadas contra as populações civis e as tropas de paz da ONU», operação que se vai manter.
Em declarações à CNN, Choi Young-jin frisou ainda que é preciso «traçar uma linha fina, mas clara entre os objectivos políticos das forças pró-Ouattara e mandato da protecção dos civis por parte das forças da ONU na Costa do Marfim».
«Não temos um mandato para assistir as forças de Ouattara para ganhar a guerra. Estamos apenas a proteger os civis e os nossos elementos», sublinhou.
Entretanto, o conselheiro de Laurent Gbagbo na Europa considerou este ataque como «ilegal» e foi mesmo mais longe ao dizer que este lança o país no caos e que não foi mais que uma tentativa de assassinar o presidente marfinense.