Várias pilhagens aconteceram hoje em Bangui, na capital da República Centro-Africana, que foi tomada pelos rebeldes do grupo Seleka, relataram testemunhas à agência de notícias AFP.
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O país está a ferro e fogo, depois dos rebeldes terem tomada a capital.
Aproveitando-se da anarquia reinante, os homens armados -- rebeldes, mas também ladrões ou membros das forças de ordem à civil -- realizaram pilhagens em lojas, casas particulares e em carros.
As pessoas relatam que houve pilhagens em vários lugares da capital.
Uma fonte diplomática também confirmou as pilhagens na cidade de Bangui.
Um porta-voz do Seleka, Eric Massi, anunciou que «os rebeldes estão a implantar-se em toda a capital para lançar operações de segurança e evitar as pilhagens».
No sábado, prometeu «uma tolerância zero do Seleka contra pilhagens, extorsões ou acertos de contas».
Pelo menos seis soldados sul-africanos foram mortos a tiros em confrontos com os rebeldes, disse um funcionário da ONU à Reuters, acrescentando que seus corpos foram recuperados por outros militares do mesmo país.
A cidade caiu hoje depois de uma ofensiva de três dias lançada pelo grupo rebelde Seleka para derrubar o Presidente François Bozizé, a quem os rebeldes acusam de não respeitar os acordos assinados no início do ano.
O presidente François Bozizé fugiu para a República Democrática do Congo, atravessando o rio Ubanguim, no momento em que os rebeldes atacavam o palácio presidencial, depois de controlarem a capital.
O Governo da República Democrática do Congo (RDCongo) pediu hoje ao Alto Comissariado para os Refugiados das Nações Unidas (ACNUR) para ajudar a retirar a família do Presidente da República Centro-Africana do seu país, informou um funcionário da ONU à Reuters.
A coligação rebelde retomou as hostilidades esta semana depois de ter expirado um ultimato apresentado ao regime, onde exigia o respeito dos acordos de Libreville, a libertação dos prisioneiros e a partida de tropas estrangeiras.
O Seleka reclama também a integração dos seus combatentes no exército, algo que não consta dos acordos de paz.