Autoridades alegam falta de segurança para os utilizadores.
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O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro entrou com uma ação pública para a interdição do Sambódromo da Marquês de Sapucaí, isto a um dia do início dos desfiles. O MP alega que precisa de garantias dos bombeiros, como vistorias e laudos técnicos, para que o evento seja realizado.
Em causa está a suposta falta de segurança dos utilizadores uma vez que no local, segundo a imprensa carioca, há bancadas com buracos na estrutura e peças de ferro e metal à mostra.
O Ministério Público reforça o facto de o Sambódromo já estar interditado preventivamente pelo Corpo de Bombeiros para sediar eventos, ficando a utilização do local condicionada a uma autorização especial concedida pela corporação.
Segundo o Ministério Público, por ser um local frequentado por grandes multidões, o sambódromo deve, obrigatoriamente, observar o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado do Rio.
Além da autorização dos Bombeiros, é pedido ainda que a Justiça condicione o uso do espaço à assinatura de um Termo de Responsabilidade pelos presidentes da Riotur e da Liga Independente das Escolas de Samba, gestores do Carnaval na cidade do Rio.
As primeiras reações da população dividem-se entre os que lamentam o excesso de zelo e, sobretudo, o timing do Ministério Público e aqueles que veem na decisão o dedo do prefeito Marcelo Crivella.
Crivella, que é bispo da IURD e sobrinho de Edir Macedo, o fundador da igreja universal, é um carioca atípico que já disse e demonstrou não gostar do Carnaval. Mas, para já, ainda não houve reação da prefeitura ao pedido do Ministério Público.