A Casa Branca apresentou uma vasta reforma fiscal, descrita como "uma das mais importantes" na história dos EUA que designadamente reduz a taxa sobre os lucros destas de 35% para 15%.
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Na proposta prevê-se também a redução dos escalões de imposto sobre as famílias, de sete para três, com uma taxa máxima de 35%, e a permissão às empresas de repatriarem liquidez retida no estrangeiro, pagando uma única vez o imposto devido por esta operação.
Esta reforma, que os seus promotores classificam como a mais ambiciosa desde 1986, vai instituir também uma base "territorial" para as empresas norte-americanas, adiantaram o secretário do Tesouro, Steve Mnuchin, e o conselheiro económico da presidência, Gary Cohn, durante uma conferência de imprensa na Casa Branca.
Esta proposta tem ainda de ser submetida ao Congresso para aprovação e arrisca-se a sofrer alterações considerando tanto as divisões entre os republicanos, que apoiam Donald Trump, e a oposição democrata, quanto as divergências dentro dos próprios republicanos, devido às consequências potenciais sobre o défice orçamental.
Não obstante, Mnuchin garantiu que esta reforma "financiar-se-á a ela própria", argumentando com os seus efeitos, que classificou de "benéficos", sobre o crescimento económico, que, por sua vez, aumentariam as receitas fiscais.
A taxa que deve ser aplicada às empresas que repatriem os milhares de milhões de dólares que detêm no estrangeiro ainda não foi determinada, estando a ser discutida com os congressistas, avançou Mnuchin.
Ao passar de 35% para 15%, a taxa de imposto sobre as empresas passa de um dos valores mais elevados para um dos mais baixos dos membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico.
Esta taxa nominal é, porém, reduzida pelas numerosas isenções e deduções contempladas no código discal dos EUA.
As três taxas propostas para aplicar às famílias são 10%, 25% e 35%.