A Casa Branca disse hoje estar «horrorizada» com o ataque de sexta-feira, em Houla, na Síria, que terá provocado a morte de 92 civis, incluindo 32 crianças.
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O porta-voz do Conselho Nacional de Segurança, Erin Pelton, disse também que o ataque serve como um «vil testamento a um regime ilegítimo» do presidente Bashar Assad.
A Casa Branca explica ainda que o regime sírio responde com uma «brutalidade indescritível e desumana» a um protesto político pacífico.
O chefe da missão de observadores da ONU na Síria também condenou hoje a «tragédia brutal» em Houla, onde os bombardeamentos das forças do regime desde sexta-feira fizeram pelo menos 92 mortos, 32 deles crianças.
«Hoje de manhã, observadores militares e civis da ONU foram a Houla e contaram mais de 32 crianças e mais de 60 adultos mortos», afirmou o general norueguês Robert Mood num comunicado.
Estes números da ONU são superiores aos avançados hoje de manhã pelo Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que contabilizou 90 mortos, incluindo 25 crianças.
Houla fica no centro do país, 30 quilómetros a noroeste de Homs.
O chefe dos observadores advertiu para o risco de uma guerra civil no país, onde a revolta popular iniciada há 14 meses evoluiu para uma luta armada contra o regime.
O resultado do ataque das forças sírias à cidade já foi condenado e qualificado como um massacre por várias capitais europeias, designadamente Paris, Berlim e Londres.
O Governo do Reino Unido anunciou hoje, igualmente, que está a fazer contactos urgentes com países aliados para obter «uma resposta internacional forte», após terem sido encontrados corpos de mais de 90 pessoas, incluindo crianças, numa cidade na Síria.
O Governo dos Emirados Árabes Unidos pediu hoje à Liga Árabe que reúna urgentemente para analisar o «massacre» perpetuado na sexta-feira, em Houla, na Síria, que terminou com, pelo menos, a morte de 92 civis, 32 deles crianças.