"A minha esposa, a filha e a mãe estavam em casa naquele momento. Os desgraçados do país vizinho vão dizer que eu guardava armas em minha casa", criticou o jogador do Benfica nas redes sociais
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O apartamento do futebolista do Benfica Georgiy Sudakov, situado no distrito de Sviatoshynskyi, em Kiev, foi alvo de ataques russos na madrugada de domingo, revelou este domingo o médio ofensivo ucraniano nas redes sociais.
A habitação do jogador de 23 anos, que ainda não se estreou pelos ‘encarnados’, uma vez que foi contratado em 30 de agosto ao Shakhtar Donetsk, foi bombardeada pelas forças russas, com a esposa, que está grávida, a filha e a mãe do médio a escaparem ilesas.
"Foi assim que ficou a minha casa depois desta noite. A minha esposa, a filha e a mãe estavam em casa naquele momento. Os desgraçados do país vizinho vão dizer que eu guardava armas em minha casa”, escreveu Sudakov, na rede social Instagram, colocando várias fotografias e vídeos que evidenciam o rasto de destruição dentro e fora do edifício.
Atualmente ao serviço da seleção ucraniana, que na terça-feira defronta o Azerbaijão, do português Fernando Santos, em Baku, em jogo da segunda jornada do grupo D da qualificação europeia para o Mundial2026, viu o Benfica manifestar-lhe apoio, igualmente através do Instagram.
“A família Benfiquista está contigo, Heorhii [Sudakov]", expressaram as ‘águias’.
O ataque realizado pela Rússia à capital da Ucrânia, que implicou 805 ‘drones’ e cerca de 12 mísseis, foi a maior investida do género desde o início da guerra, matando pelo menos cinco pessoas, segundo as autoridades ucranianas, com o Governo português a condenar e a manifestar solidariedade para com os ucranianos.
O ataque “foi o maior ataque russo com ‘drones’ desde o início” da invasão em larga escala da Ucrânia, afirmou o porta-voz da Força Aérea da Ucrânia, Yuriy Ihnat, em declarações à agência de notícias norte-americana Associated Press.
Segundo a Força Aérea, a Ucrânia conseguiu abater e neutralizar 747 drones e quatro mísseis, mas houve nove impactos de mísseis e 56 ataques com drones em 37 locais de todo o país, tendo os detritos das armas caído em oito áreas.
A operação atingiu, pela primeira vez, um edifício governamental, tendo destruído uma parte da sede do Governo, em Kiev.