O projecto MOAS - Migrant Offshore Aid Station já salvou cerca de 3 mil homens, mulheres e crianças durante dois meses de patrulha no Mar Mediterrâneo. O projeto foi fundado por Regina e Cristopher Catrambone, um casal de empresários que vive na ilha de Malta.
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Em entrevista ao canal de televisão Rai Uno, Regina Catrambone explica que a ideia nasceu durante uma viagem de barco entre Lampedusa e a Tunísia, quando avistaram uma embarcação com um grupo de migrantes que não conseguiu chegar a terra.
A viagem coincidiu com a deslocação do Papa Francisco a Lampedusa, a ilha italiana onde o Papa lançou um apelo ao «despertar das consciências», contra a «globalização da indiferença». Foi a primeira viagem apostólica do Pontificado de Francisco e a primeira vez que um Papa visitou a ilha italiana onde chegam milhares de imigrantes que tentam entrar na Europa por mar.
Regina Catambrone confessa que o apelo do Papa foi inspirador e em conjunto com o marido, Cristopher, de nacionalidade norte-americana, desenvolveram o conceito de "ambulância de mar".
Regina e Cristopher Catrambone, que detêm o Grupo Tangiers, uma seguradora de risco, compraram um barco em Virginia, nos Estados Unidos, o Phoenix-1, uma antiga embarcação de pesca com cerca de 40 metros e equipamento de vigilância, incluindo dois drones. Formaram uma equipa com médicos e especialistas em operações de salvamento no mar e durante seis meses conseguiram salvar a vida a cerca de três mil pessoas.
O casal de empresários assume que já não consegue continuar a financiar o projeto, que tem um custo mensal estimado em 400 mil euros, e por isso lançou um pedido de ajuda através do sistema de "crowdfunding". No último mês juntaram cerca de 35 mil euros em donativos.