A Irlanda votou sim ao casamento gay e o primeiro-ministro, Enda Kenny, deu os parabéns ao povo por ter sido capaz de enviar uma "mensagem global" sobre a "igualdade" após a aprovação do casamento homossexual em referendo.
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O chefe do Governo de Dublin, uma coligação entre conservadores e trabalhistas, assegurou que a Irlanda, um país maioritariamente católico, pode agora continuar no caminho de uma "sociedade mais justa e compassiva".
O eleitorado irlandês aprovou por 62,07% de votos a legalização do casamento homossexual num referendo realizado na sexta-feira e que foi rejeitado por 37,09% dos eleitores, de acordo com os resultados oficiais hoje divulgados.
A taxa de participação ultrapassou os 60%, a mais elevada desde o referendo sobre a legalização do divórcio que decorreu em 1995, o primeiro de mais de plebiscitos no país.
O primeiro-ministro sublinhou ainda que a Irlanda se tornou no primeiro país do mundo a autorizar o casamento homossexual por vontade popular, com a vitória do "sim" em 42 dos 43 círculos eleitorais.
Kenny compareceu perante os meios de comunicação social acompanhado por Joan Burton, a vice-primeira-ministra e líder do Partido Trabalhista, a formação que impulsionou este plebiscito, incluído no seu programa eleitoral para as legislativas de 2011.
"Quando olho para trás e analiso esta campanha, penso em muitas coisas. Penso nas pessoas que o tornaram possível e naqueles cujas vidas vão mudar para sempre", disse Burton.
A Irlanda torna-se assim o 19.º país - o 14.º na Europa e onde se inclui Portugal - a legalizar o casamento homossexual. No entanto, foi o único a organizar um referendo sobre este tema, com os restantes países a optarem pela via parlamentar.