O Supremo Tribunal dos Estados Unidos decretou hoje que o casamento homossexual é um direito em todos os estados do país, numa decisão que está a ser considerada histórica.
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O Presidente Barack Obama publicou uma mensagem no Twitter descrevendo a decisão do tribunal como um "grande passo para a igualdade". "Os casais constituídos por pessoas do mesmo sexo têm agora o direito de casar, como todos os outros", escreveu Obama.
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A conta oficial do Twitter da Casa Branca mudou a imagem para assinalar a decisão do Supremo Tribunal e escreveu "love wins" ("o amor vence").
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Entretanto, a candidata democrata à sucessão de Barack Obama, Hillary Clinton, disse ser um "orgulho comemorar esta vitória histórica pela igualdade ao direito ao casamento", num tweet onde também congratula a "coragem e determinação" da luta dos homossexuais.
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O Supremo Tribunal considerou que a Constituição dos Estados Unidos exige que todos os estados reconheçam e formalizem o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Em frente ao edifício do tribunal foram colocadas bandeiras do movimento de defesa dos direitos dos homossexuais em homenagem à decisão histórica.
Num acordo aprovado com cinco votos contra quatro, o mais importante tribunal do país decidiu que a Constituição obriga os estados a reconhecer e celebrar o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Dois anos após decretar que o casamento não é direito exclusivo dos casais heterossexuais, o Supremo Tribunal norte-americano decidiu que os 14 estados dos EUA que se recusavam a unir duas pessoas do mesmo sexo devem não só aceitar o casamento, como reconhecer a união de fato celebrada em outro lugar.
"Nenhum tribunal pode reverter a lei da natureza", criticou de imediato a organização conservadora cristã Conselho de Pesquisa sobre a Família, que considera esta decisão "um abuso do poder", que causará "graves danos ao património cultural" dos Estados Unidos.
"Cinco juízes do Supremo anularam o voto de 50 milhões de americanos ao fazer com que a América se afaste de milénios de História e realidade da natureza humana", disse Tony Perkins, presidente da organização.