O empresário catalão estabelecido em Portugal considera que a independência da Catalunha não faz sentido e que o governo da região está refém de extremistas.
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Xavier Martín nasceu em Barcelona há 53 anos. Deixou a Catalunha há 25. Andou por outros países da Europa e passou pelas Américas. Tem família e vai com regularidade à Catalunha, mas vive em Portugal.
Participou na organização dos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992. Atualmente é Presidente da Fapajal, uma fábrica de papel em São Julião do Tojal (Loures), e gestor da DSTelecom, a empresa responsável pela construção da rede de fibra nas zonas rurais.
Em entrevista à TSF, este catalão estabelecido em Portugal defende que a independência da região autónoma não faz sentido.
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Xavier Martín não poupa nenhuma das partes. Considera que os cidadãos da Catalunha estão sequestrados por uma "luta de agendas políticas" e que o governo regional está refém de extremistas. Mas também critica o partido do presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, e toda a carga policial que Madrid tem adotado como estratégia.
O catalão sugere, em vez da independência unilateral, que haja uma revisão constitucional em Espanha e que, eventualmente, daqui a uns anos, se volte a um referendo. Xaver Martín acredita que tudo se vai resolver a bem. Afinal, "os catalães dão bons trabalhadores, mas maus soldados".