O juízo final. É a expressão usada pelo diário El Mundo para descrever o que está em causa nas eleições agendadas para o próximo dia 21 de dezembro.
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Conseguirão os diferentes partidos independentistas repetir, ou até reforçar, a maioria parlamentar conseguida nas últimas eleições, depois do sobressalto provocado pela declaração unilateral de independência? É a pergunta que serve de ponto de partida para a campanha que agora se inicia.
Apesar de considerarem as eleições ilegítimas e ilegais, os independentistas decidiram concorrer com o argumento de que é necessário recuperar o autogoverno.
A campanha, é certo, será atípica. Oriol Junqueras, cabeça de lista da Esquerda Republicana, antigo vice-presidente do governo regional estará limitado depois do supremo tribunal ter decidido mantê-lo em prisão preventiva na sequência do referendo à independência.
Também Carles Puidgemont, antigo presidente do governo catalão e cabeça de lista pelo movimento Juntos pela Catalunha, assiste ao arranque da campanha a partir da Bélgica onde aguarda por uma decisão da justiça sobre o processo de extradição pedida pelas autoridades espanholas.
Se é certo que os dois líderes independentistas estão condicionados na capacidade de fazer campanha, assinala o El Mundo, será preciso perceber até que ponto esse facto não valerá por si só um número elevado de votos.
Para já, as sondagens não são favoráveis. Um estudo de opinião, divulgado esta segunda-feira, aponta para a perda da maioria dos partidos independentistas alcançada em 2015. De 68 lugares, num universo de 135, para 63.
A mesma sondagem confirma a descida do Partido Popular compensada pela subida do Partido Socialista da Catalunha e um surpreendente Ciudadanos. É mesmo a força política mais votada com 22,5% das intenções de voto.
Os dados estão lançados.