Rajoy continua "muito decidido e muito firme" na defesa da legalidade na Catalunha, garante o PP, informando que o líder do governo espanhol já deu os parabéns pela vitória ao Cidadãos.
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Mariano Rajoy recusou o desafio de Carles Puigdemont para marcar encontro em Bruxelas ou em qualquer outro local da União Europeia que não Espanha, onde o ex-líder catalão tem mandado de captura.
O presidente do governo espanhol foi questionado esta sexta-feira sobre a proposta e respondeu que terá, sim, de entrar em conversações com a vencedora das eleições, Inès Arrimadas, do partido Cidadãos.
Segundo fontes partidárias do Cidadãos, Rajoy telefonou ao líder dos "laranjas", Albert Rivera, para o felicitar pela vitória de Inês Arrimadas nas eleições de quinta-feira na Catalunha.
Segundo o próprio Rivera, contactado pela agência espanhola EFE, Rajoy limitou-se a dar-lhe os parabéns pelos resultados e em nenhum momento falou de questões relacionadas com o futuro da Catalunha.
"O tempo haverá de o fazer", sublinhou Rivera, para quem Charles Puidgemont, "um fugitivo da justiça", não pode ser um interlocutor "válido" para resolver a questão catalã.
O líder do governo de Madrid advertiu que a situação processual de Carles Puigdemont e dos restantes dirigentes independentistas catalães indiciados em processos judiciais, alguns deles detidos, não depende "em absoluto" do resultado das eleições autonómicas, mas das decisões dos juízes.
"São os políticos que se devem submeter à justiça como qualquer cidadão, e não a justiça que deve submeter-se a qualquer estratégia política", disse.
Durante uma conferência de imprensa no palácio de la Moncloa, a sua residência oficial, Rajoy garantiu ainda que irá até ao fim da legislatura e sublinhou que os resultados das eleições catalãs "não são, como nunca foram, extrapoláveis a nível nacional".
Fontes oficiais do Partido Popular (PP) asseguraram também que Rajoy continua "muito decidido e muito firme" na defesa da legalidade na Catalunha, recordando que as medidas tomadas em torno do artigo 155 da Constituição continuam em vigor.