A catedral volta a abrir as suas portas este sábado, numa cerimónia que conta com a presença de cinquenta chefes de Estado, entre os quais Donald Trump, Sergio Mattarella ou Ursula von der Leyen. A restauração, que envolveu mais de 700 milhões de euros, foi financiada por 340.000 doadores
Corpo do artigo
A Catedral de Notre-Dame de Paris vai voltar a abrir as portas, este sábado, cinco anos depois do incêndio devastador que desfigurou o monumento. A cerimónia de reabertura vai contar com a presença de cerca de cinquenta chefes de Estado e de Governo, incluindo Donald Trump.
Depois da cerimónia, está previsto um concerto à noite para celebrar todos os que salvaram a catedral, com concertos do pianista Lang Lang, a soprano Pretty Yende, ou os franceses Clara Luciani e Garou.
Durante a última visita ao monumento antes da reabertura, o presidente Emmanuel Macron ficou impressionado com a transformação do interior da catedral. "O impacto da reabertura será, acredito, tão forte quanto o do incêndio. Mas desta vez, será um impacto de esperança", declarou o chefe de Estado francês.
A estrutura de madeira destruída depois do incêndio foi reconstruída a 32 metros de altura, utilizando ferramentas do século XIII, como explica o diretor-geral do grupo responsável pela restauração, Julien le Bras: "São 20.000 horas de estudo, de conceção desta estrutura, 100.000 horas de trabalho nos ateliers. Todos os departamentos estiveram reunidos em ateliers comuns… E foram 40.000 horas de montagem só para esta estrutura."
A limpeza minuciosa dos vitrais, uma tarefa considerada impossível dentro dos prazos temporais, foi bem sucedida, revelando uma catedral que nunca esteve tão iluminada.
Durante a visita, o chefe de Estado francês lembrou a colaboração de 250 empresas e centenas de artesãos que contribuíram para a restauração. As obras, que ultrapassam os 700 milhões de euros, foram financiadas por 340.000 doadores que conseguiram reunir 846 milhões.
A restauração também levou à descoberta de vestígios arqueológicos importantes, expostos no Museu de Cluny, em Paris.
A catedral abre ao público a partir de segunda-feira, mediante a reserva de horário para evitar grandes filas. Espera-se que entre 14 a 15 milhões de pessoas visitem Notre-Dame no próximo ano.
