A Catedral de Notre-Dame de Paris reabre este sábado com um discurso do Presidente francês, seguido de celebração litúrgica e de um concerto. O evento reúne cerca 1500 convidados diplomáticos e religiosos, entre eles a secretária de Estado da Cultura, Maria de Lurdes Craveiro, que representa Portugal
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A reabertura da Catedral de Notre-Dame de Paris marca não apenas a recuperação de um monumento histórico, mas também a reafirmação do seu significado cultural e espiritual para a França e o mundo. Quem o defende é a secretária de Estado da Cultura, Maria de Lurdes Craveiro, que vai participar nas cerimónias oficiais.
"A Catedral de Notre-Dame é um edifício icónico que, não por acaso, convoca a participação de muitíssimos Estados. Ela assume, de facto, um protagonismo no universo europeu porque é neste universo que nasce. E com uma importância tal que se projeta desde a sua construção e que se mantém incólume até hoje. Não por acaso, estão hoje aqui representantes de tantos países a celebrar a recuperação deste edifício que verdadeiramente não importa só a Paris ou a França, importa a toda a Europa e a todo o mundo", explicou Maria de Lurdes Craveiro.
A restauração da catedral, parcialmente destruída por um incêndio em abril de 2019, envolveu uma mobilização internacional sem precedentes. Vários países contribuíram com apoio técnico e financeiro, refletindo uma onda solidariedade e a determinação em preservar um símbolo de identidade coletiva.
Maria de Lurdes Craveiro destaca que a cerimónia de hoje deve ser um reflexo dessa solidariedade: "Eu espero verdadeiramente a solidariedade entre as várias nações que estão aqui representadas. Espero que este sentido de unidade, de solidariedade e de amizade entre os vários povos se possa, enfim, projetar para um futuro mais risonho do que todas as sombras que pairam sobre o mundo inteiro e particularmente a Europa, possam ser dissipadas e possam converter-se num outro ideal."
A restauração de Notre-Dame em tempo recorde é simbólica. Para a secretária de Estado da cultura, trata-se não apenas de uma vitória para a França, mas para o mundo para proteger o papel essencial da cultura e da memória coletiva.
