A Comissão Europeia (CE) registou o reforço das medidas de austeridade do Governo de Atenas sem, no entanto, esclarecer se este novo pacote será suficiente para desbloquear a ajuda que a Grécia precisa já para Outubro.
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No dia em que o executivo grego anunciou novas medidas de austeridade, a Comissão Europeia não dá como garantido o regresso dos inspectores da Troika a Atenas, já na próxima semana.
«É esse o nosso objectivo, veremos se é realista», afirmou o porta voz da comissão, Olivier Bailly, acrescentando que a Comissão «tomou nota» das novas medidas de austeridade anunciadas pelo governo grego, mas excusou-se a esclarecer se os ajustes, anunciados por Atenas, são suficientes para desbloquear a ajuda de 8000 milhões, que o país precisa com urgência.
O executivo comunitário confirmou apenas que as medidas ainda precisam ser «examinadas em detalhes técnicos» pelos inspectores da Comissão, do Banco Central Europeu e do Fundo Monetário Internacional, que são esperados em Atenas, na próxima semana.
«Na verdade, vimos as medidas que foram anunciadas pelas autoridades gregas, há poucas horas, precisamos de as analisar com a troika», afirmou Bailly, acrescentando que a Comissão «espera» o regresso dos inspectores «na próxima semana» para poder «analisar melhor» os novos ajustes. Só nessa a Comissão fará uma «avaliação sobre essas medidas».
No entanto, «há ainda uma discussão técnica em curso, entre peritos da Comissão, que estão em Atenas, e as autoridades gregas, sobre vários elementos-chave, que é suposto estarem concluídos antes da missão poder regressar», avisou o porta-voz.
No inicio de Setembro, a equipa de inspectores da Troika suspendeu a avaliação à aplicação do programa de ajustamento grego, abandonando Atenas em desacordo com o governo. Na altura justificou que daria mais tempo ao executivo para tomar novas medidas.