Imagens mostram centenas de turistas em desespero no Aeroporto Internacional de Palma de Maiorca e no Aeroporto Internacional de Malta.
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O operador britânico Thomas Cook anunciou, esta segunda-feira, falência depois de não conseguir encontrar, durante o fim de semana, fundos necessários para garantir a sua sobrevivência, entrando em "liquidação imediata".
As autoridades terão agora que organizar um repatriamento maciço de cerca de 600 mil turistas em todo o mundo, incluindo 150 mil para a Grã-Bretanha. A situação financeira da empresa afetou clientes que gozam pacotes de férias organizados pela operadora de viagens e que não conseguiram sair dos hotéis e resorts sem antes pagar a estada, apesar de já terem feito o pagamento à Thomas Cook.
A empresa, com 178 anos de atividade, tinha previsto assinar esta semana um pacote de resgate com o seu maior acionista, o grupo chinês Fosun, estimado em 900 milhões de libras (1.023 milhões de euros), mas tal foi adiado pela exigência dos bancos de que o grupo tivesse novas reservas para o inverno.
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As dificuldades financeiras da empresa acumularam-se no ano passado, mas em agosto foram anunciadas negociações com o grupo chinês Fosun, que detém múltiplos ativos a nível mundial, nos setores de saúde, bem-estar, turismo (como o Clube Med), financeiro e até futebol (o clube inglês Wolverhampton Wanderers, treinado pelo português Nuno Espírito Santo).
Em Portugal é dona da seguradora Fidelidade, tem 5% da REN - Redes Energéticas Nacionais, é a maior acionista do banco BCP (com 27,25%) e é a dona da Luz Saúde.
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