O eurodeputado Carlos Zorrinho considera que independentemente da decisão do governo português sobre uma eventual candidatura de Mário Centeno, a maior "vantagem" já foi retirada.
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O eurodeputado socialista afirma que o que deve ser "valorizado", numa altura em que nada se sabe sobre se Centeno avança ou não, é que o português "continua a ser uma hipótese forte".
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"Devemos neste momento é valorizar, o facto de Mário Centeno continuar a ser uma hipótese forte para ser candidato", disse o eurodeputado em declarações à TSF/DN, frisando que isso acontece já "há muitos meses e, agora, em cima do momento, continua a ser essa hipótese [forte]".
A poucos dias da data de fecho para entrega de candidaturas e sem se saber se o ministro das finanças vai ou não chegar-se à frente, o eurodeputado considera que o mais importante é o reconhecimento internacional de uma política diferente do padrão de Bruxelas.
"Ser Mário Centeno o presidente do Eurogrupo ou não ser Mário Centeno o presidente do Eurogrupo, não é indiferente, [pois] será uma honra para Portugal se ele for. Mas, o que é verdadeiramente relevante é ele poder ser", afirmou Carlos Zorrinho, considerando que o que está em causa é a "nossa política de consolidação, com sensibilidade social, a ser reconhecida no quadro de um órgão que tem as características do Eurogrupo".
Por isso, independentemente de haver ou não um candidatura do ministro português, o eurodeputado considera que a maior vantagem já foi retirada, tratando-se "do facto, de ele ter sido candidato este tempo todo, cada vez mais valorizado [e] elogiado por ministros das Finanças de várias cores políticas e de vários países. E, essa vantagem, [em] grande parte nós já retirámos".
O socialista admite que a presidência do Eurogrupo não é uma obsessão, numa fase em que "ser ou não ser [presidente], já não depende do mérito intrínseco do candidato. Depende de outro tipo de questões. E, é melhor que seja Mário Centeno o líder do Eurogrupo, mas não é nenhum drama se não for".