É quase uma realidade e visa criar uma plataforma para melhorar a partilha de informações entre os países europeus, disse este sábado o diretor da Europol.
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"Montamos este mês um novo centro europeu contra o terrorismo na Europol [Serviço Europeu de Polícia], para prestar serviços mais rápidos à polícia francesa e aos seus homólogos belgas e em toda a Europa através de uma plataforma para partilhar informações de forma mais rápida e assim combater melhor o terrorismo", disse o diretor da Interpol, Rob Wainwright, no Fórum Económico, que termina hoje em Davos, na Suíça.
O projeto, que será oficialmente lançado na reunião de segunda-feira dos ministros da Justiça e da Administração Interna da União Europeia, na qual estarão as ministras Francisca Van Dunem e Constança Urbano de Sousa, foi anunciado em abril pela União Europeia e não é, portanto, uma consequência dos ataques terroristas a Paris no final do ano passado.
Desde os atentados na capital francesa, em novembro de 2015, algumas vozes têm criticado as falhas nos serviços de inteligência, quer a nível nacional como a nível da cooperação europeia.
O ETCT é "uma estrutura permanente, decidida a nível político, que estabelece pela primeira vez na Europa um centro de operações dedicado que funciona em todo o continente em questões sensíveis e terrorismo", acrescentou o responsável.
A Europol, com sede em Haia e com 900 funcionários, tem por missão ajudar as polícias nacionais dos países europeus a combater a criminalidade internacional e o terrorismo.
Nas declarações, o diretor da Interpol defendeu também a generalização dos passaportes biométricos, principalmente no seguimento da crise migratória que assolou a Europa: "Não é o diretor da Europol que decide as políticas a serem seguidas, isso é trabalho dos políticos, mas eu acho que nós precisamos de requisitos muito fortes sobre os nossos passaportes, e isso é algo que nos ajudaria a melhorar a seguranças das fronteiras externas da Europa", disse Rob Wainwright.