"Cerimónia muito especial." Reabertura da Catedral de Notre-Dame de Paris é "momento solene" e de "festa"
Em declarações à TSF, o primeiro vereador português eleito em Paris, Hermano Sanchez Ruivo, destaca o significado da cerimónia de reabertura do monumento e sublinha que a entrada vai continuar a ser gratuita
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A Catedral de Notre-Dame de Paris reabre este sábado, após cinco anos do incêndio que causou danos significativos à estrutura do monumento com mais de 800 anos. A cerimónia de reabertura vai contar com a presença de cerca de cinquenta chefes de Estado e de Governo, incluindo Donald Trump, assim como o primeiro vereador português eleito em Paris. Ouvido pela TSF, Hermano Sanchez Ruivo destaca o significado da cerimónia.
"Inicia-se uma cerimónia que é muito especial e que, na verdade, para nós, mexe muito, porque é o que acontece quando se abre uma catedral pela primeira vez, o bater nas portas, os cânticos, o rezar, é um momento muito solene e depois é festa", explica à TSF Hermano Sanchez Ruivo, destacando os concertos com artistas franceses e africanos, que têm como objetivo celebrar todos os que salvaram a catedral.
Hermano Sanchez Ruivo sublinha que a entrada em Notre-Dame vai continuar a ser gratuita: "Todos têm direito a participar agora e para sempre", garante.
Apesar desta reabertura, os trabalhos em Notre-Dame vão continuar por mais seis anos, até 2030, para reconstruir partes mais frágeis da catedral. Para este fim de semana, foram destacados seis mil polícias e militares para garantir a segurança das cerimónias.
O fogo começou ao final da tarde de 15 de abril de 2019 no telhado do monumento gótico do século XII e provocou a destruição do telhado e do pináculo, instalado a uma altura de 96 metros, agora reconstruído respeitando a estrutura original.
Em novembro, começaram os preparativos para a reabertura com os oito sinos restaurados a tocarem pela primeira vez e com o regresso ao monumento da estátua da 'Virgem com o Menino'. Nesta reta final, o Presidente francês, Emmanuel Macron, visitou o local no dia 29 de novembro, agradecendo na ocasião aos trabalhadores e mecenas envolvidos no restauro.
Este sábado, esperam-se dezenas de chefes de Estado e de Governo, em que apenas se sabe que o Papa Francisco estará ausente e que o Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, marcará presença no evento. A abertura ao público será no dia 8 com uma missa de manhã, na presença de 150 bispos franceses e estrangeiros, e outra à tarde.
