O chefe da NATO apelou aos dirigentes de Moscovo e Damasco para uma "desescalada" do conflito com a Turquia na Síria, de modo a evitar agravar ainda mais "a terrível situação humanitária na região".
Corpo do artigo
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, condenou "os ataques aéreos cegos do regime sírio e do seu aliado russo" na província de Idlib e apelou para a "desescalada", depois da morte na quinta-feira de dezenas de soldados turcos.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, condenou "os ataques aéreos cegos do regime sírio e do seu aliado russo" na província de Idlib e apelou para a "desescalada", depois da morte na quinta-feira de dezenas de soldados turcos. Stoltenberg analisou a situação com o chefe da diplomacia turca, Mevlut Cavusoglu, indicou uma porta-voz da NATO, em comunicado divulgado ao fim de quinta-feira.
Na noite de quinta para sexta-feira, os militares turcos iniciaram uma série de bombardeamentos, por ar e terra, a todas as posições sírias conhecidas na região de Idlib, depois de 29 efetivos das suas fileiras terem sido mortos e 36 feridos por ataques aéreos sírio-russos.
Por seu lado, o porta-voz do partido governamental turco AKP, Omer Çelik, já considerou, em declarações à CNNTurk, que "os autores do ataque já tiveram a resposta necessária, que vai continuar".
Acrescentou que o Governo turco vai falar esta sexta-feira com a NATO, uma vez que, justificou, "um ataque à Turquia é um ataque à NATO".
Fontes das forças armadas turcas disseram à Efe que os militares turcos morreram durante um ataque aéreo da aviação síria ou russa.
O governador da província turca de Hatay, Rahmi Dogan, confirmou que os hospitais desta região, fronteiriça com a Síria, receberam numerosos militares turcos gravemente feridos por um ataque aéreo na cidade síria de Idlib.
Fontes dos partidos da oposição, contactadas pela Efe, falam de um número de mortos superior a 30.
Segundo a imprensa turca, o exército estava a ajudar milícias sírias na reconquista da cidade de Saraqeb, situada na autoestrada entre Damasco e Alepo, que foi conquistada há três semanas pelas forças sírias.
Desde há semanas que Ancara insiste com Moscovo para que trave o avanço do regime de Al-Assad, mas sem sucesso.
Uma delegação russa está em Ancara desde quarta-feira para negociar um cessar-fogo em Idlib, mas não são conhecidos pormenores das conversações.