Charles Michel alerta para risco de "surto generalizado de violência" no Médio Oriente
Na primeira reação institucional em Bruxelas, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, considera que deve ser evitada a "escalada adicional" da tensão.
Corpo do artigo
Sem nunca mencionar a morte de Qassem Soleimani, o presidente do Conselho Europeu afirma que o ciclo de violência no Iraque tem de cessar. Charles Michel considera igualmente que é altura de terminar com a onda de "provocações e retaliações testemunhadas nas últimas semanas".
Na primeira reação institucional a nível europeu, após o ataque aéreo norte-americano que resultou na morte do general iraniano Qassem Soleimani, o presidente do Conselho Europeu defende que que "a todo o custo", deve ser evitada uma escalada adicional do conflito.
Charles Michel salienta que "o Iraque continua a ser um país muito frágil", em que reinam as "armas e as milícias", atrasando o processo de "retorno dos iranianos à vida normalizada".
11669838
Em jeito de alerta, o presidente do Conselho Europeu afirma que "o risco de um surto generalizado de violência em toda a região" existe, e o "surgimento de forças obscuras do terrorismo que prosperam em momentos de tensões religiosas e nacionalistas", não deve ser descurado.
Com as instituições em Bruxelas, ainda no regular período de pausa, para as festividades de Natal e ano novo, Charles Michel foi até agora o único líder institucional a mencionar a situação no médio oriente, depois do ataque em que morreu aquele que tem sido apontado como um dos mais poderosos generais iranianos.
11668546
O novo Alto Representante da UE para a Política Externa e de Segurança, o espanhol Josep Borrel ainda não reagiu. Entretanto, a antiga titulara da pasta, a Italiana Federica Mogherini veio a terreiro alertar para "a escalada extremamente perigosa no Médio Oriente".
"Espero que aqueles que ainda acreditam em sabedoria e racionalidade prevaleçam, que algumas das conquistas diplomáticas do passado sejam preservadas e que um confronto em grande escala seja evitado", vincou a antiga chefe da diplomacia europeia.