Charlie Hebdo diz que «está tudo perdoado» na capa da primeira edição pós-atentado
Está pronta a capa da próxima edição do semanário satírico, a primeira desde o ataque terrorista da semana passada. Na edição titulada «está tudo perdoado», vê-se Maomé com um cartaz que diz: «eu sou Charlie». Na imagem, o profeta do islão chora.
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Dois dias antes de chegar às bancas, o Charlie Hebdo mostra a capa da história edição nº 1178.
Foi na sexta-feira que este número começou a ser preparado. A redacção sobrevivente do Charlie Hebdo voltou ao trabalho, agora nas instalações do diário Liberation, para mostrar que os terroristas que atacaram o Charlie Hebdo não conseguiram calar quem ali trabalha.
Nesta primeira capa após o massacre aparece o profeta Maomé, um personagem habitual na estampa do Charlie. Desta vez, Maomé junta-se aos milhões que nos últimos dias disseram «eu sou Charlie». Esta edição, que vai ter uma tiragem de três milhões de exemplares, tem como título: «está tudo perdoado».
Depois de dois dias em fuga, os dois suspeitos do ataque ao jornal, os irmãos Said Kouachi e Cherif Kouachi, de 32 e 34 anos, foram mortos na sexta-feira após confrontos com as forças de elite francesas quando abandonaram aos tiros a gráfica onde se barricaram, em Dammartin-en-Goële, nos arredores da cidade.