O presidente venezuelano contestou o «assassínio» do filho mais novo de Kadhafi e pediu à Europa para reflectir e não secundar a «loucura napoleónica e fascista» dos EUA.
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«Isto é um assassínio. Como é que para proteger o povo líbio estão a matar pessoas», disse Chávez, citado pela agência EFE, durante um acto público na capital venezuelana em que se referiu à morte do filho mais novo de Kadhafi durante um bombardeamento da NATO em Tripoli, no sábado à noite.
«Peçamos a Deus pela paz na Líbia e no mundo e que voltem à razão aqueles que se deixaram invadir como que por uma loucura (...) estão invadidos por uma loucura napoleónica, fascista», afirmou Chávez.
O presidente venezuelano adiantou que «dos ianques tudo é possível», mas interrogou-se como é que os governos europeus podem apoiar os bombardeamentos [da NATO], mencionando nomeadamente «um governo como o de Espanha, ou como o de Itália, que ainda há muito pouco [tempo] negociavam com a Líbia e com Kadhafi».
«Nós continuamos a apelar às Nações Unidas, e cada vez mais vozes se juntam à nossa humilde posição, para que se obtenha um cessar-fogo e se respeite a soberania da nação líbia», adiantou, numa alusão à proposta que lançou a 28 de Fevereiro para a constituição de uma comissão para resolver o conflito na Líbia.