O chefe radical xiita iraquiano, Moqtada Sadr, decretou o fim dos ataques contra o exército norte-americano até ao fim da retirada dos militares dos EUA, prevista para o fim deste ano.
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«Para que o Iraque recupere a sua independência graças a um retirada dos invasores da nossa terra, considero indispensável cessar todas as operações de resistência armada até à retirada completa das forças ocupantes», afirmou Sadr, num comunicado hoje divulgado.
Em Julho, o general Jeffrey Buchanan, porta-voz das forças norte-americanas no Iraque, tinha acusado três milícias: Kataëb Hezbollah, Assaïb Ahl al-Haq e a "Brigada do dia prometido"; de serem responsáveis contra os soldados norte-americanos.
A "Brigada do dia prometido" foi criada em Novembro de 2008 pelo chefe radical xiita para lutar contra as forças norte-americanas no Iraque.
Os dois outros grupos resultam de cisões no seio do antigo exército do Mahdi de Moqtada Sadr, desmantelado em 2008 depois de ter combatido as forças da coligação entre 2004 e 2007.
«Se a retirada for levada a termo e não ficar qualquer soldado norte-americano na nossa terra, as operações militares cessarão definitivamente mas se não for o caso e Iraque se mantiver em estado de dependência, [as operações] serão retomadas com mais vigor», afirmou.
O novo chefe de Estado-Maior do Exército norte-americano, Ray Odierno, tinha advertido na passada quinta-feira contra a manutenção de um elevado número de soldados no Iraque depois de 2011, dizendo temer que isso desse a impressão de uma «ocupação» norte-americana do país.
Em virtude de um acordo assinado com as autoridades iraquianas em 2008, os EUA devem concluir a retirada de todas as tropas até ao final do ano, excepto se um novo acordo for assinado entre as duas partes.