O governador chinês de Xinjiang escreveu que os militantes islâmicos estão a tentar proibir o riso em casamentos e choro em funerais.
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Xinjiang tem sido marcada pela violência nos últimos anos, que Pequim atribui a militantes islâmicos e separatistas.
Exilados e grupos de direitos humanos dizem que a verdadeira causa da instabilidade são as políticas de mão pesada da China, incluindo restrições sobre o Islão e a cultura e língua do povo muçulmano uigur.
O governador de Xinjiang Nur Bekri disse hoje, num texto publicado no Diário de Xinjiang, que «os extremistas têm ensinamentos religiosos flagrantemente distorcidos, como dizer que os "mártires jihadistas vão para o céu" ou que "matar um pagão vale mais do que 10 anos de piedade"».
Bekri , ele próprio um uigur, acusou os militantes de ignorar as tradições da região e de querer impor uma sociedade teocrática.
«Eles (...) não permitem o riso em casamentos nem chorar em funerais», acrescentou. «Forçam os homens a deixar a barba crescer e mulheres a usar a burca».