A China ativou o alerta máximo perante a chegada do tufão Utor, que deverá atingir o país entre esta noite e a manhã de quinta-feira na província de Guangdong e na ilha de Hainão, informaram as autoridades locais.
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De acordo com o Centro Nacional Meteorológico chinês, o nível de alerta passou de laranja para vermelho, numa escala de quatro cores em que o vermelho é o nível máximo, seguido de laranja, amarelo e azul.
As autoridades chinesas emitiram um alerta de emergência na noite de terça-feira e ordenaram o envio de equipas de trabalho para o sul do país para liderarem os esforços de prevenção de desastres.
A Administração Oceânica Estatal prevê que este tufão, o 11º a atingir a China este ano, provocará ondas de até 11 metros de altura na parte norte do Mar do Sul da China e de até seis metros nas zonas costeiras de Guangdong e, em menor medida, em Hainão.
O tufão também deverá afetar a região autónoma de Guangxi e as províncias de Fujian e Yunnan, no sul da China.
Com o alerta máximo de emergência ativado, as autoridades locais são exortadas a permanecerem atentas a eventuais consequências do tufão e a retirarem os residentes de zonas ameaçadas.
A iminente chegada do tufão já causou a interrupção de vários serviços de transporte em Guangdong e Hainão, incluindo o cancelamento de voos, suspensão de serviços de comboios de alta velocidade e de transportes marítimos.
O Utor levou as autoridades das Regiões Administrativas Especiais de Macau e Hong Kong a içarem o sinal 8 de tufão esta madrugada, que se mantinha às 11:30 (04:30 em Lisboa), implicando a suspensão das ligações marítimas, o encerramento dos estabelecimentos de ensino, comércio, pontes e serviços públicos, funcionando apenas os serviços básicos e de emergência.
A Bolsa de Hong Kong cancelou, por isso, a sessão da manhã de hoje e não reabrirá até que o sinal 8 de tufão seja reduzido, o que se prevê que possa acontecer na parte da tarde dependendo do ritmo a que se desloca o tufão, que se encontrava às 11:00 (4:00 em Lisboa) a 260 quilómetros da antiga colónia britânica e a 220 quilómetros de Macau.
Na sua passagem pelas Filipinas, o tufão, com ventos de 150 quilómetros por hora e rajadas de até 185 quilómetros por hora, causou, pelo menos, quatro mortos e o desaparecimento de outras 11 pessoas.