A China quer reduzir a visibilidade dos símbolos cristãos nas igrejas que o próprio regime autoriza, mas as comunidades cristãs parecem opor-se.
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Um artigo do Washington Post dá conta de que milhares de cristãos chineses terão acampado em redor de algumas igrejas para impedir que as cruzes sejam demolidas.
Pelo menos na província de Zhejiang as autoridades terão lançado uma campanha para diminuir o impacto das comunidades cristãs.
O jornal norte-americano cita um 'site' oficial chinês e fala numa campanha contra os símbolos cristãos, iniciada em fevereiro.
As cruzes, que em muitos casos são a principal forma de identificar os templos na China, são o alvo dessa campanha.
Pelo menos seis cruzes foram derrubadas nas cidades de Hangzhou e Zhoushan, segundo a ChinaAid.
As autoridades chinesas autorizam a igreja católica, que o Vaticano não reconhece, mas há uma comunidade "ilegal", sem templos oficiais. É aos primeiros que esta campanha se dirige.
Relatos com origem na China, citados pela ChinaAid, dizem que em várias igrejas evangélicas as cruzes foram arrancadas, mas os fiéis de Sanijang recusaram-se a permitir. Como retaliação, o governo mandou demolir o templo todo. Mas «num movimento raro de oposição das igrejas oficiais, os cristãos reuniram um grande grupo que se reveza na frente do templo dia e noite. Eles sabem que, caso seja derrubado, o templo não poderá ser reconstruído, mesmo que não coloquem uma cruz no topo».