China garante estar a aplicar "com rigor" resoluções da ONU sobre Coreia do Norte
Para a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, "a China sempre respeitou as suas obrigações internacionais".
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A China disse esta terça-feira que implementa com rigor as resoluções da ONU, em resposta aos países que solicitaram a assistência de Pequim para impedir que a Coreia do Norte contorne sanções utilizando águas territoriais chinesas.
Numa carta, endereçada a Zhang Jun, o representante de Pequim nas Nações Unidas, os países do G7 e a União Europeia (UE) levantaram preocupações sobre a "presença contínua de vários petroleiros" nas águas chinesas, que "facilitam o comércio de produtos petrolíferos sancionados" para a Coreia do Norte.
A carta foi assinada pelos embaixadores na ONU da Austrália, Canadá, França, UE, Alemanha, Itália, Japão, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.
Pequim disse que "implementa com rigor as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e que cumpre com seriedade as suas obrigações internacionais".
"A China exorta as partes relevantes a implementarem totalmente as resoluções do Conselho de Segurança da ONU sobre a República Popular Democrática da Coreia (nome oficial da Coreia do Norte), especialmente as disposições sobre a retoma do diálogo, o fortalecimento dos esforços diplomáticos e a promoção de um acordo político", disse o porta-voz da missão chinesa na ONU, através da rede social Twitter.
Na segunda-feira, a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China, Mao Ning, referiu que a "China sempre respeitou as suas obrigações internacionais, em relação à implementação das resoluções do Conselho de Segurança".
A carta assinada pelo G7 e UE indicou que a presença e os movimentos dos navios-tanque foram observados pelo painel de especialistas das Nações Unidas que vigiam o cumprimento das sanções contra Pyongyang.
A Coreia do Norte está sujeita a sanções internacionais desde 2006. As sanções foram agravadas por três vezes, em 2017, à medida que o país testava armas atómicas e mísseis balísticos.
As medidas adotadas por unanimidade pelo Conselho de Segurança limitam as importações de petróleo do país.
Desde 2017, o Conselho de Segurança não conseguiu chegar a uma posição unificada.
Em maio de 2022, China e Rússia vetaram uma resolução que impunha novas sanções contra Pyongyang. Deste então, nenhuma resolução ou declaração do Conselho foi adotada, apesar de a Coreia do Norte ter realizado vários lançamentos de mísseis, incluindo no sábado passado.
Os Estados Unidos, em particular, acusam regularmente Pequim e Moscovo de servir de "escudo" do regime norte-coreano e de encorajar novos disparos ao impedir uma resposta unida do Conselho de Segurança.