O porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês afirma que Pequim "apoia as medidas tomadas pelo governo brasileiro para acalmar a situação".
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O Governo chinês disse esta segunda-feira opor-se "fortemente ao ataque violento" às sedes dos poderes executivo, legislativo e judiciário no Brasil, invadidas no domingo por partidários do ex-presidente de extrema-direita Jair Bolsonaro.
"A China está a acompanhar a situação cuidadosamente e opõe-se firmemente ao violento ataque contra as autoridades federais ocorrido no Brasil", disse o porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês Wang Wenbin, em conferência de imprensa.
Pequim "apoia as medidas tomadas pelo governo brasileiro para acalmar a situação, restaurar a ordem social e preservar a estabilidade nacional", acrescentou o porta-voz.
Centenas de apoiantes do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro invadiram e vandalizaram hoje o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF), sedes do poder legislativo, executivo e judiciário, numa manifestação em que pedem uma intervenção militar para derrubar o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma semana após a sua tomada de posse.
Os manifestantes avançaram e furaram as barreiras montadas pela polícia, com imagens dos invasores dentro do salão verde do Congresso, dentro e fora do Palácio do Planalto e do STF, a serem divulgadas nas redes sociais.
A polícia brasileira usou gás lacrimogéneo para tentar, sem sucesso, travar os manifestantes.