O novo ministro das Finanças de Chipre, Haris Georgiades, assumiu hoje o cargo após a demissão do seu antecessor horas depois do lançamento de uma investigação judicial para apurar o que levou o país à beira da bancarrota.
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Na cerimónia de posse, o presidente cipriota, Nicos Anastasiades, alertou o governante, que era ministro do Trabalho, para os «dias difíceis» que se avizinham.
Para o Chefe de Estado, a situação exige, «primeiro, coletividade, segundo, consistência e disciplina fiscal e todas as medidas que vão contribuir para impulsionar a economia tão cedo quanto possível».
«Não tenho dúvidas de que vai cumprir as suas funções na totalidade, mas na melhor forma possível, como merece o seu antecessor», disse o presidente ao ministro.
Georgiades, um economista de 40 anos que foi ministro do Trabalho, assumiu formalmente o seu novo cargo um dia depois de Michalis Sarris anunciar a demissão para cooperar com os juízes que estão a investigar a falência do banco Laiki, de que foi presidente durante grande parte do ano passado.
O colapso do banco contribuiu fortemente para a quase bancarrota do país e para a necessidade de um resgate europeu.
Também Zeta Emilianidou, até agora secretária permanente no Ministério do Comércio, tomou hoje posse como ministra do Trabalho, substituindo Georgiades e tornando-se a primeira mulher no Governo de Anastasiades.
«O ministério que hoje assume requer certamente muita sensibilidade. É um ministério que lida com a política social do Governo para os grupos vulneráveis» e com as relações industriais, disse o presidente a Emilianidou na cerimónia.
Anastasiades disse na terça-feira ter aceitado a demissão de Sarris «com tristeza» e aplaudiu a sua «elevada ética política» ao demitir-se.