Em entrevista ao jornal alemão Der Spiegel, o comissário europeu pelos assuntos económico e monetários, Olli Rehn, defendeu um resgate para evitar a saída do Chipre do euro.
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Olli Rehn admite que há ainda países renitentes em relação a esta ajuda, como é o caso da Alemanha, mas lembra que o problema do Chipre é «sistémico» e se não houver um resgate, haverá um colapso financeiro e a consequente saída do euro.
Numa entrevista divulgada hoje pelo semanário alemão Der Spiegel, o comissário europeu defende a importância de chegar a acordo para um pacote de ajuda financeira ao Chipre.
Para Olli Rehn, «se o Chipre sofrer uma quebra desordenada» da dívida pública, «a consequência será, com grande probabilidade, a sua saída do euro», algo que iria contra o que foi prometido pelos membros da União Económica e Monetária e geraria instabilidade nos mercados financeiros.
O comissário europeu considerou ainda que os países da UE não têm «margem de manobra», com níveis médios de dívida pública na ordem dos 90 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), para abandonar o rumo da consolidação orçamental.
O resgate financeiro ao Chipre vai ser discutido amanhã, em Bruxelas, na reunião do Eurogrupo com o novo governo cipriota.