Neste livro, este agente de origem libanesa fala sobre episódios em que a CIA terá ignorado investigações do FBI acerca de terroristas que viriam a participar nos ataques do 11 de Setembro.
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A CIA pretende que certas partes de um livro de memórias de um antigo agente do FBI sejam censuradas, uma vez que estes excertos relativos às falhas durante o atentado do 11 de Setembro colocam em causa a segurança nacional dos EUA.
Neste livro, Ali Sufan, norte-americano de origem libanesa, revela dados e informações que a CIA terá omitido e ignorado como, por exemplo, uma investigação do FBI que detectou dois alegados terroristas em San Diego em 2000 e que viriam a participar nos ataques a Nova Iorque.
Citadas pelo The New York Times, pessoas que leram o manuscrito deste ex-agente do FBI dizem que o autor considera que a CIA perdeu uma boa oportunidade para desmantelar uma célula da al-Qaeda.
Sufan revela ainda que que a CIA tratou brutalmente durante um interrogatório um alegado terrorista e líder de um campo de treinos de nome Abu Zubeida, algo que o autor deste livro considerou desnecessário e contraproducente.
Neste livro, o autor defende a tese de que a CIA não foi eficaz e cometeu muitos erros que acabaram por conduzir a estes atentados, opiniões que acabam por não ser novas, dado que estas já tinham sido defendidas perante a Comissão do 11 de Setembro do Congresso norte-americano.
Apesar disto, a CIA justifica os cortes no livro de Ali Sufan como um procedimento normal, uma vez que contém informação classificadas, mesmo já sendo estas do domínio público.
O autor vê esta atitude da CIA como uma forma de aviso para que não revele outros episódios que possam embaraçar os serviços secretos norte-americanos.