A segunda grande tempestade a atingir Moçambique no espaço de seis semanas fez inúmeros estragos.
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O número de óbitos provocados pela passagem do ciclone Kenneth no norte de Moçambique subiu para dois, anunciaram hoje as autoridades moçambicanas.
O segundo óbito registado acorreu em Macomia, um dos pontos mais afetados pelo ciclone Kenneth, segundo a ministra da Administração Estatal e Função Pública, Carmelita Namashulua, que falava no balanço diário a partir da província de Cabo Delgado.
A primeira morte ocorreu na cidade de Pemba, norte do país, durante a noite passada, devido à queda de um coqueiro tombado pela tempestade.
As autoridades moçambicanas avançaram que pelo menos 16 mil pessoas foram afetadas pelo ciclone e há mais de 18 mil pessoas nos 22 centros de acomodação.
Segundo o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades (INGC), registam-se ainda dois feridos.
Quase três mil habitações ficaram parcialmente destruídas e 450 ficaram totalmente destruídas.
No terreno, ainda de acordo com o mesmo organismo, há 230 especialistas humanitários, estando as operações a ser apoiadas por três helicópteros e dez barcos.
O ciclone Kenneth chegou esta quinta-feira ao norte de Moçambique classificado com a categoria quatro, a segunda mais grave, com ventos contínuos de 225 quilómetros por hora e rajadas de 270 quilómetros por hora, anunciou hoje o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitário (OCHA).
Apesar de já ter perdido força, continua a provocar chuvas intensas na região e há elevado risco de cheias e deslizamento de terras.
Moçambique volta a ser atingido por um ciclone, depois do impacto do Idai, em 14 de março, que provocou pelo menos 603 mortos.
Notícia atualizada às 19h55