"Tínhamos esperança." Cidadã luso-israelita libertada pelo Hamas, mas "há mais" reféns
O Hamas libertou 13 israelitas, dez tailandeses e um filipino.
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Há uma cidadã luso-israelita libertada pelo Hamas esta sexta-feira. Adina Galante, de 72 anos, faz parte do grupo de 13 mulheres e crianças libertadas pelo Hamas.
Adina Galante ou Adina Moshe, como é conhecida em Israel, foi uma das primeiras reféns libertadas a serem identificadas. Descendente de judeus sefarditas expulsos da Península Ibérica no final do século XV, Adina recebeu a nacionalidade portuguesa já quando estava em cativeiro na Faixa de Gaza.
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A luso-israelita foi raptada no dia 7 de outubro. Estava em casa, no Kibutz Nir Oz, onde vivia com o marido Said Moshe que foi assassinado pelo Hamas. Tem quatro filhos e quando foi levada estava de pijama e sem sapatos. Visita Portugal com bastante regularidade.
O ministro dos Negócios Estrangeiros português, João Gomes Cravinho, confirmou a libertação de Adina.
"Efetivamente tínhamos a esperança, não queríamos falar muito do assunto. Tínhamos esperança e confirma-se que saiu", comentou o chefe da diplomacia portuguesa, que realiza uma visita a Israel e Cisjordânia.
O governante português explica que se tratava de uma pessoa a quem foi possível "tratar de forma acelerada" o processo de atribuição de nacionalidade. Cravinho revelou ainda que "há mais" portugueses entre os reféns do Hamas, mas recusou divulgar o número.
O Hamas libertou esta sexta-feira 24 reféns, dos quais 13 são israelitas. Além destes estão dez tailandeses e um filipino. Os reféns tailandeses e o filipino foram protagonistas de outro acordo do Hamas com o Egito e o Catar.
Do outro lado da fronteira, 39 palestinianos foram libertados por Israel. O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Catar informou que 39 mulheres e crianças que estavam detidas em prisões israelitas foram libertadas. Espera-se que regressem à Cisjordânia e a Jerusalém Oriental.
Trata-se do primeiro grupo de um total de 150 detidos que deverão ser libertados nos próximos dias.