Cimeira de líderes da América do Norte arranca esta segunda-feira na cidade do México
A migração, segurança, mudanças climáticas e desenvolvimento serão os temas em discussão entre Joe Biden, Andrés Manuel López Obrador e Justin Trudeau.
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Arranca, esta segunda-feira, na cidade do México, a décima cimeira de líderes da América do Norte. Os presidentes dos Estados Unidos e do México e o primeiro-ministro do Canadá manterão reuniões bilaterais e trilaterais sobre migração, segurança, mudanças climáticas e desenvolvimento.
A prisão de Olívio Guzmán, filho de El Chapo, na passada quinta-feira, e as novas medidas migratórias anunciadas pelos EUA prometem dar o tom às discussões entre Joe Biden, Andrés Manuel López Obrador e Justin Trudeau.
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Nas últimas semanas, o México e os Estados Unidos apressaram-se a fazer o trabalho de casa sobre aquilo que vão expor na décima cimeira de líderes da América do Norte.
O tema "segurança" pressiona a agenda do encontro. A detenção do narcotraficante mexicano Ovidio Guzmán, na passada quinta-feira, na cidade de Culiacán, é o grande trunfo que o México tem debaixo da manga para este encontro de três dias.
Ovidio Guzman, um dos filhos de Chapo Guzman, era um dos criminosos mais procurados nos Estados Unidos, um país que, de tempos a tempos, exige ao México resultados concretos no combate ao narcotráfico.
A migração é outro tema quente das relações entre os três países. Na passada semana, Joe Biden anunciou que os Estados Unidos passarão a aceitar mensalmente até 30 mil migrantes da Nicarágua, Cuba, Haiti e Venezuela, que cumpram os requisitos formais de pedido de asilo.
Em sentido contrário, o México deverá receber cada mês até 30 mil migrantes oriundos desses quatro países que tentem entrar ilegalmente nos Estados Unidos.
Com estas medidas, Joe Biden tenta travar uma onda inusitada de migrantes da Nicarágua, Cuba, Haiti e Venezuela que pressiona há vários meses o sistema migratório norte-americano.
Na décima cimeira de líderes da América do Norte, também estarão em cima da mesa as perspetivas de desenvolvimento da região.
As questões económicas serão analisadas à luz do renovado Tratado de Livre Comércio entre o México, Estados Unidos e Canadá, em vigor desde julho de 2020.