Cimeira Ibero-Americana. MNE destaca convenção-quadro que facilitará circulação de talento
O ministro dos Negócios Estrangeiros mostrou-se convencido de que a cimeira entre a União Europeia e a Índia, no Porto, não será afetada pela ausência do primeiro-ministro indiano.
Corpo do artigo
O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, viaja esta terça-feira de manhã para Andorra, onde participa, com Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa, na Cimeira Ibero-Americana. Santos Silva destaca a assinatura de uma convenção-quadro que vai facilitar a circulação de talento no espaço ibero-americano.
"A lógica aqui é facilitar a concessão dos vistos e autorizações para o caso de, por exemplo, um jovem licenciado português que queira fazer um estágio de seis meses ou participar num projeto científico ou empresarial de um ano na Argentina, o possa fazer com mais facilidade. Hoje é o primeiro momento do processo. No caso português, seremos certamente dos mais rápidos, até porque isto se articula com o que estamos a fazer no âmbito da CPLP, que os chefes de Estado e de Governo irão aprovar na Cimeira de Luanda, no próximo mês de julho", explicou Augusto Santos Silva.
TSF\audio\2021\04\noticias\20\augusto_santos_silva_2_vistos_facilitados
Questionado pela TSF, o ministro mostrou-se convencido de que a cimeira entre a União Europeia e a Índia, marcada para o Porto, não será afetada pela ausência do primeiro-ministro indiano. Narendra Modi decidiu não viajar devido ao aumento de casos de Covid-19 no seu país, mas Augusto Santos Silva garante que a cimeira se mantém e com os mesmos objetivos.
"Tudo leva a querer que essa reunião física não se poderá realizar dado o agravamento das condições da pandemia na Índia. Portanto, o primeiro-ministro Modi participará nessa reunião pela internet, por via remota, mas tudo o resto se mantém constante. A única diferença é que, em vez de termos o primeiro-ministro Modi na mesma sala em que os chefes dos líderes europeus estarão, teremos provavelmente num ecrã a reunir com os chefes de Estado e de Governo europeus", acrescentou o ministro dos Negócios Estrangeiros.